segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quais são os sinais e sintomas da depressão?

Mas primeiro, como definir sintoma? De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, sintoma é um fenômeno como dor, mal-estar, alterações psicológicas ou fisiológicas que é produzido pela a doença de um referido paciente e, é freqüentemente analisado para se estabelecer o diagnóstico, a classificação da doença, e possíveis tratamentos. Entretanto, antes que uma doença se estabeleça ou possa ser identificada como tal, uma pessoa pode apresentar sinais que indicam a sua eminência. Assim sendo, estes sinais indicariam o primeiro alerta e, a sua pronta identificação, o melhor momento para se tomar as necessárias providências antes do agravamento ou instalação de uma doença ou transtorno, como a depressão.
Antes que a depressão seja consolidada, alguns sinais de alarme podem ser identificados como: a pessoa passar a sofrer acidentes freqüentes e arriscar mais que de costume. Esses episódios podem esconder a vontade de se ferir ou de se autodestruir. Ela pode escrever em alguns lugares ou manifestar de alguma forma o seu desejo de sumir ou morrer. Outros sinais podem ser: sofrer exageradamente e desproporcionalmente na ocorrência de uma perda ou frustração; sentir-se envergonhado, fracassado ou derrotado facilmente e freqüentemente; aumentar a necessidade de carinho e amor; repentinas e não justificadas mudanças de humor; queda de desempenho nas atividades como trabalho, estudo, esporte; começar a escrever um diário ou, se já escrevia, passa encher mais suas páginas; ficar mais agressivo principalmente com a família; passar a sair de casa em horários não esperados, ou ameaça abandonar a família; passar a dar presentes valiosos, abandonar ou dar objetos estimados com os quais tinha cuidado e apego.
Depois que a depressão está instalada, os sintomas mais comuns que podem ser identificados são classificados em fisiológicos, cognitivos, comportamentais, afetivos, interpessoais, e simbólicos. Os fisiológicos são aqueles ligados ao funcionamento físico-químico normal dos seres vivos, como: alteração do sono, alteração do apetite, cansaço, dores físicas vagas e sem origem orgânica aparente. Os cognitivos são os ligados a percepção, memória, juízo e raciocínio, como: expectativas negativas, auto-depreciação, interpretação negativa dos eventos. Os comportamentais são ligados a forma de proceder e comportar mediante estímulos, sentimentos e necessidades, como: perda de interesse por aquilo que antes gostava, atos agressivos ou destrutivos, abuso de drogas. Os afetivos são ligados a reação sentimental e emocional, como: humor deprimido ou irritável, sentimentos de tristeza, angústia e ansiedade. Interpessoais são ligados a interação com as outras pessoas, como: dependência dos outros para tudo, retraimento social e isolamento. Os simbólicos são ligados a expressão através de sinais indicativos ou interpretação destes, como: pobreza de simbolização com redução do vocabulário e das expressões, imagens e fantasias destrutivas, pesadelos recorrentes.
É importante salientar que os sintomas costumam variar muito de uma pessoa para outra e, sintomas fortes para algumas pessoas podem estar ausentes em outras. Entretanto, uma base comum pode ser definida como sendo a maneira como a pessoa se sente em relação a ela mesma e, como percebe a qualidade e a satisfação de sua vida. Uma boa avaliação dos sintomas é assim muito importante para o tratamento, pois pode influenciar na condução do processo. Quando os sintomas são bem identificados torna-se mais provável encontrar as melhores estratégias para o tratamento como um todo.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

La psicología y la alimentación (en español)*

         La psicología es la ciencia que tiene entre sus objetivos estudiar y comprender la formación y el desarrollo emocional y de comportamiento del ser humano. A partir del nacimiento o aún antes, el ser humano comienza a desarrollar una estructura emocional y conductual  que llamamos personalidad. Esta estructura se desarrolla a partir de la interacción de la mente con el cuerpo y el ambiente. La mente trabaja de forma dinámica en sincronía con todos los estímulos internos y externos, realizando en cada momento una evaluación de la situación y en consecuencia produciendo emociones, sentimientos y conductas.
            Obviamente, en los fenómenos de la nutrición, están los primeros y más significativos estímulos que el ser humano experimenta, tanto internamente cuanto externamente. Así, la alimentación se relaciona fuertemente con las emociones, sentimientos, comportamientos e, inevitablemente, con la personalidad que comienza a tomar forma. Además, la alimentación del recién nacido está siempre relacionada al contacto con otro ser humano. De esta forma, en el contacto conjunto con los alimentos y con otro ser humano, el niño experimenta una amplia gama de sentimientos y emociones positivas como: el placer del gusto, el cariño, confort, protección, amor, o sentimientos negativos como: el hambre no saciada, la irritación, la inseguridad, el descontrol, el miedo y algunas insuficiencias. Los fenómenos de la alimentación participan, así, en la estructuración de la personalidad que se forma desde la más tierna edad. Todavía podemos decir que el entrelazamiento de la alimentación con la personalidad continua por toda la vida. Las familias tienen formas variadas de conjugar la alimentación con diversas situaciones como: conmemoraciones, reuniones, premiaciones, obligaciones, puniciones, compensaciones, etc. Es evidente entonces que la alimentación está íntimamente ligada a la formación y manutención de la personalidad.
            Cada vez más, las personas y los gobiernos se preocupan con el control del peso como un factor importante en la salud y, además, hay una fuerte exigencia social por la apariencia delgada. Muchas providencias se toman, tanto por los individuos como por los gobiernos en ese sentido. Sin embargo, típicamente, estas medidas centran los esfuerzos en los aspectos médicos y farmacológicos, en las dietas y ejercicios físicos. Parece que la personalidad del individuo no está muy bien considerada en la lucha por el control del peso, y siendo ella el modelo base de la conducta humana, hace falta tenerla en cuenta como parte esencial del problema de control del peso. Siendo así, entiendo que, juntamente con los profesionales médicos, nutricionistas y educadores físicos, los psicólogos tienen mucho que contribuir trabajando en la personalidad de los individuos, para ayudarles a formar nuevos comportamientos que favorezcan el control del peso.
La alimentación del ser humano es mucho más que un proceso natural de nutrición fisiológica. Ella está en la base de la estructura de la personalidad fundida con las emociones y sentimientos positivos e negativos de amplio espectro. Por lo tanto, el problema del control del peso en niños, adolescentes y adultos necesita considerar aspectos que van más allá de la nutrición, porque lo que está en juego es el ser humano en su totalidad, incluyendo sus emociones, sentimientos, comportamientos, y por tanto su personalidad. De este modo, la psicología a través de la psicoterapia, debe tener un papel importante en el trabajo profesional del control del peso, tanto por razones de salud como por razones estéticas.

* Traducido por Ricardo Alfredo Ruiz Sifontes – El Salvador

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O outro no desenvolvimento humano

Nossa capacidade de autocompreensão e de compreensão do mundo é obviamente muito limitada quando estamos começando a vida no útero materno e logo após nosso nascimento. Nessa fase do desenvolvimento humano, o tempo ainda é insuficiente para o ser desenvolver sua potencialidade de compreensão dos ambientes interno (o próprio corpo) e externo, da mesma forma que é para o desenvolvimento do controle de mobilidade de nossos membros superiores e inferiores (braços, mãos, pernas e pés). Parece que os seres humanos nascem com menor autonomia e são menos “pré-programados” do que a maioria dos outros animais. No caso dos humanos, quase toda a programação para a sobrevivência e o desenvolvimento é feita depois do nascimento e o aprendizado do bebê é principalmente via observação e imitação de outros humanos. Em outras palavras, o bebê humano apreende a ser humano pelo modelo de humanidade que lhe é apresentado nessa fase da vida. Nesse processo, primeiro o bebê observa para depois procurar fazer igual ao que compreendeu que os humanos fazem, ou seja, fazendo imitação do que compreendeu.
Entretanto, considerando o processo assim descrito, como o bebê se guia no sentido de um bom aprendizado para se formar como um ser humano? Como saberia se está cada vez se aproximando ou se afastando do modelo humano de ser? Uma hipótese de resposta do que baliza o bebê, para saber se está na direção certa, seria a compreensão (por ele mesmo) de que está sendo compreendido pelos seres humanos mais próximos (país e cuidadores). Ser bem compreendido significaria estar indo na direção de ser um ser semelhante aos outros humanos. Assim, seria o fato de outras pessoas nos compreenderem um parâmetro fundamental, como placas sinalizadoras de direção para nosso desenvolvimento no sentido da construção do nosso ser como humano. A partir dessa ideia de modelo de desenvolvimento humano na primeira infância, é natural presumir que, sendo o processo bem sucedido, os adultos humanos continuariam a usar esse modelo, pelo menos de forma semelhante, para progredir e atingir o máximo de seu potencial de desenvolvimento. Para tanto, naturalmente, o ser humano precisaria estar sempre em comunicação interativa com outros humanos e ainda precisaria que os outros humanos compreendessem o modo que ele próprio compreende a si mesmo e ao mundo, em cada um dos momentos de sua vida. Dessa forma, seria a percepção de cada um de que outros humanos conseguem compreendê-lo o ponto de partida e de segurança que cada indivíduo teria para avaliar se sua compreensão é razoável para entender tanto a própria realidade interna quanto externa do ponto de vista de um humano normal. Essa compreensão pelo o outro funcionaria como uma bússola para o desenvolvimento do ser como humano normal e mesmo para alcançar o potencial máximo como individuo.
Uma vez que a função da psicoterapia é ajudar no autodesenvolvimento e na cura e, considerando que quando o ser humano está impossibilitado de desenvolver todo o seu potencial a cada momento, ele estará em sofrimento ou doente, como nos alertou Abraham H. Maslow, um modelo de psicoterapia eficiente seria aquele que se aproximasse desse processo natural de desenvolvimento humano como o descrito. Assim, o papel do psicoterapeuta deveria ser o de procurar entender como é a compreensão do seu cliente a respeito de si mesmo e do mundo e comunicar de volta como percebe a compreensão dele. Então, de forma similar ao modelo natural de desenvolvimento humano, a compreensão do psicoterapeuta, que pode ser chamada de empática, iria promover, junto ao cliente, autodesenvolvimento e autotratamento curativo. A psicoterapia, assim, estaria contribuindo para o cliente aprimorar sua compreensão de si próprio e do mundo que o cerca e seu autoconceito e, consequentemente, suas condutas. Esse fenômeno ocorreria à medida que o psicoterapeuta conseguisse indicar ao cliente que o compreende bem no estágio atual de sua autocompreensão e entende a maneira que ele percebe o mundo. Essa indicação ajudaria o cliente, como se fosse uma autorização ou uma base de segurança para partir e retornar, a progredir em relação ao estágio atual e, assim, com segurança, avançar e ir além, no sentido da cura de sofrimentos e do desenvolvimento pleno.